quarta-feira, 18 de março de 2009

Filme "O Terminal" - Crítica



O filme aborda dentre vários outros aspectos, as dificuldades encontradas na comunicação entre pessoas de diferentes idiomas, educação, cultura e etc. Assim, além das palavras, vários outros modelos de símbolos e formas de comunicação são utilizados para que as informações sejam passadas e recebidas de forma a propiciar aos envolvidos as condições mínimas para discernir sobre seu próximo passo no contexto que se encontram.
Um imigrante da República de Krakozia, um país da Europa Oriental, desembarca no aeroporto em Nova York no exato momento em que um golpe militar acende uma guerra civil em seu país, ele fica preso no aeroporto sem saber exatamente o motivo pelo qual não pode visitar NY. Por causa do golpe militar seus documentos como passaporte são invalidados até que a situação se defina.
Inicialmente as partes envolvidas não falam o mesmo idioma, dificultando bastante a comunicação verbal entre eles. O personagem principal (VICTOR) procura comunicar-se por meio de gestos, sinais e códigos.
Por não entender e nem falar o idioma local várias são as falhas de comunicação. O faxineiro começa a acreditar que VICTOR pode ser um agente do governo infiltrado com o objetivo de identificar supostos imigrantes, o empreiteiro de obras acha que ele seja um funcionário de um grupo de obras concorrente, já para o diretor em exercício do aeroporto VICTOR não passa de um problema.
VICTOR observa que os carrinhos de bagagem ao serem guardados lhe dão a opção de conseguir dinheiro e então ele passa a guardar os carrinhos no intuito de se alimentar com o dinheiro ganho.
Ao ver um noticiário na tv ele só entende algumas coisas que é passado em Krakozia e a partir daí ele resolve estudar a língua do país comprando dois livros iguais um em sua própria língua e outro em inglês e por meio de comparações ele consegue começar a entender o que se passa.
Percebe-se falhas também em relação aos símbolos utilizados de forma inadequada gerando situações constrangedoras e até perigosas, exemplo disso é a sinalização dos banheiros que apesar de correta está em posição duvidosa e a porta de vidro que não há indicação da mesma naquele local.
Vários são os aspectos de incompreensão da linguagem que poderíamos abordar no filme e com isso conclui-se que a comunicação quando não é bem entendida ou colocada de forma adequada pode gerar confusões e situações bem diversificadas do objetivo desejado.

Salvador / Ba – 11 de Março de 2009